terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pretinho básico

É quase senso comum que todo mundo deve ter um pretinho básico. E como toda e qualquer mortal que se preze, tenho o vestido de festa, o modelito do dia a dia, o sapato montado, o confortável, mas chique, a sapatilha, uma lista de não acaba mais. Coringas que nunca que abandonam e que eventualmente renovo. Mas hoje não vim falar deste pretinho, mas de outro que povoa o cotidiano brasileiro fazendo parte da nossa cultura. Um sinônimo de hospitalidade, de simplicidade, de acolhimento que ora nos remete as mais tenras tardes com cheiro de bolo recentemente assado, ora se reinventa como protagonista com direito a especialistas, boutiques e os mais diversos apetrechos para a sua preparação. Senhoras e senhores, o tema de hoje é o café! Longe de ser uma barista, sou apenas uma apaixonada pela bebida nas suas mais diversas versões. Não abro mão de tomar um recém passado café de coador, especialmente se for daqueles de pano, que só se encontram em feiras livres, e na casa das vovós. Melhor do que o sabor em si, os aromas que se espalham pelo ambiente fazem uma festa para os sentidos.
Para este, uma colherinha de açúcar – que me perdoe a dieta, e preferencialmente num copinho de vidro, bem simples, ou uma canequinha de ágata. Se vier com um pãozinho com manteiga passado na chapa, um pão de queijo, broa de milho, bolo de fubá ou sequilhos, pode-se dizer que chegamos quase perto do conforto de um colo de avó. Só perto, pois colo de avó é tão singular, tão especial que deveria ser eterno. Ainda na linha coador, sou louca por aquele cafezinho servido em osterias italianas, com uma casquinha de limão e um biscotto no pires. Um desfecho ideal para o almoço preparado por uma autentica Mamma. Mesmo que esta Mamma se chame Roberval e tenha nascido no Recife. Não posso deixar de citar os cafés de grife tipicamente americanos que começam a invadir nossas terras. Particularmente acho que falta café, mas sobra charme, contemporaneidade, estilo. Você pega um daqueles copos, sem risco de queimar os dedos, sai de botas e cachecol pela Avenida Paulista, aquece a alma, e por alguns instantes caminha como um cidadão do mundo. Isto sem mencionar o serviço impecável, os materiais de primeira qualidade e claro, as outras variações da bebida que justificam os valores cobrados. São Shakes, Frapuccinos, Cappuccinos, frios, quentes, sempre originais e apetitosos. É uma reinvenção que deu certo.
No mercado também se pode encontrar diferentes máquinas, apetrechos, grãos, pós e os mais diversos acessórios para a bebida, capazes de deleitar os aventureiros e os apreciadores profissionais. Tem os que permitem variações, vaporizações, que moem o grão, que usam capsulas, saches, os mais diversos tipos e modelos. Uma febre deliciosa. Depois de tantas linhas, tentando não deixar ninguém de fora, chego à minha paixão. Algo mais purista, sem ser esnobe! Uma invenção digna de aplauso e do meu profundo agradecimento: Nespresso. Poderia usar sinônimo como maquina de expresso caseira com capsula ou coisa assim. Mas não faria jus a esta criação da Nestlé, que elevou o café a um novo patamar. A começar pelas lojas. Verdadeiras boutiques onde você pode adquirir a maquina, as capsulas individuais lindas, coloridas e recicláveis, acessórios ultra modernos e charmosos, xícaras e até a versão pós-moderna da canequinha de ágata. Uma xícara no formato na cápsula com a qual se prepara o café. Fico louca toda vez que recebo o mailing e mais louca ainda quando vou à loja física. Você é convidado a entrar neste universo de cores, texturas, sabores, perfumes - ah os perfumes.... O café sai a perfeição. O Ristretto é forte, robusto, intenso. A cápsula preta já é um alerta. O rosado Rosabaya, com blends colombianos faz carinho nas papilas gustativas e brinca com o meu olfato.
Ganhei minha maquina há quase dois anos. No começo tive medo de ficar presa à compra das cápsulas, que ainda não são vendidas em qualquer lugar. Uma verdade que não atrapalhou o meu prazer. A eficiência dos pedidos pela internet e as minhas visitas à São Paulo sanaram esta deficiência. Desta maquininha, que é item obrigatório do meu dia a dia tomo um aveludado Vivalto Lungo todas as manhãs. Um blend moderado e leve que me acorda com delicadeza. Mas mantenho em meu estoque uma variedade de intensidades e sabores que acompanham horários, humores, visitas e desejos. E todos sempre caem bem. Nada sobra, nada falta. Um prazer simples, chique e nada medida certa. Qualquer semelhança com o pretinho básico, com certeza não é mera coincidência. www.nespresso.com/