terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pretinho básico

É quase senso comum que todo mundo deve ter um pretinho básico. E como toda e qualquer mortal que se preze, tenho o vestido de festa, o modelito do dia a dia, o sapato montado, o confortável, mas chique, a sapatilha, uma lista de não acaba mais. Coringas que nunca que abandonam e que eventualmente renovo. Mas hoje não vim falar deste pretinho, mas de outro que povoa o cotidiano brasileiro fazendo parte da nossa cultura. Um sinônimo de hospitalidade, de simplicidade, de acolhimento que ora nos remete as mais tenras tardes com cheiro de bolo recentemente assado, ora se reinventa como protagonista com direito a especialistas, boutiques e os mais diversos apetrechos para a sua preparação. Senhoras e senhores, o tema de hoje é o café! Longe de ser uma barista, sou apenas uma apaixonada pela bebida nas suas mais diversas versões. Não abro mão de tomar um recém passado café de coador, especialmente se for daqueles de pano, que só se encontram em feiras livres, e na casa das vovós. Melhor do que o sabor em si, os aromas que se espalham pelo ambiente fazem uma festa para os sentidos.
Para este, uma colherinha de açúcar – que me perdoe a dieta, e preferencialmente num copinho de vidro, bem simples, ou uma canequinha de ágata. Se vier com um pãozinho com manteiga passado na chapa, um pão de queijo, broa de milho, bolo de fubá ou sequilhos, pode-se dizer que chegamos quase perto do conforto de um colo de avó. Só perto, pois colo de avó é tão singular, tão especial que deveria ser eterno. Ainda na linha coador, sou louca por aquele cafezinho servido em osterias italianas, com uma casquinha de limão e um biscotto no pires. Um desfecho ideal para o almoço preparado por uma autentica Mamma. Mesmo que esta Mamma se chame Roberval e tenha nascido no Recife. Não posso deixar de citar os cafés de grife tipicamente americanos que começam a invadir nossas terras. Particularmente acho que falta café, mas sobra charme, contemporaneidade, estilo. Você pega um daqueles copos, sem risco de queimar os dedos, sai de botas e cachecol pela Avenida Paulista, aquece a alma, e por alguns instantes caminha como um cidadão do mundo. Isto sem mencionar o serviço impecável, os materiais de primeira qualidade e claro, as outras variações da bebida que justificam os valores cobrados. São Shakes, Frapuccinos, Cappuccinos, frios, quentes, sempre originais e apetitosos. É uma reinvenção que deu certo.
No mercado também se pode encontrar diferentes máquinas, apetrechos, grãos, pós e os mais diversos acessórios para a bebida, capazes de deleitar os aventureiros e os apreciadores profissionais. Tem os que permitem variações, vaporizações, que moem o grão, que usam capsulas, saches, os mais diversos tipos e modelos. Uma febre deliciosa. Depois de tantas linhas, tentando não deixar ninguém de fora, chego à minha paixão. Algo mais purista, sem ser esnobe! Uma invenção digna de aplauso e do meu profundo agradecimento: Nespresso. Poderia usar sinônimo como maquina de expresso caseira com capsula ou coisa assim. Mas não faria jus a esta criação da Nestlé, que elevou o café a um novo patamar. A começar pelas lojas. Verdadeiras boutiques onde você pode adquirir a maquina, as capsulas individuais lindas, coloridas e recicláveis, acessórios ultra modernos e charmosos, xícaras e até a versão pós-moderna da canequinha de ágata. Uma xícara no formato na cápsula com a qual se prepara o café. Fico louca toda vez que recebo o mailing e mais louca ainda quando vou à loja física. Você é convidado a entrar neste universo de cores, texturas, sabores, perfumes - ah os perfumes.... O café sai a perfeição. O Ristretto é forte, robusto, intenso. A cápsula preta já é um alerta. O rosado Rosabaya, com blends colombianos faz carinho nas papilas gustativas e brinca com o meu olfato.
Ganhei minha maquina há quase dois anos. No começo tive medo de ficar presa à compra das cápsulas, que ainda não são vendidas em qualquer lugar. Uma verdade que não atrapalhou o meu prazer. A eficiência dos pedidos pela internet e as minhas visitas à São Paulo sanaram esta deficiência. Desta maquininha, que é item obrigatório do meu dia a dia tomo um aveludado Vivalto Lungo todas as manhãs. Um blend moderado e leve que me acorda com delicadeza. Mas mantenho em meu estoque uma variedade de intensidades e sabores que acompanham horários, humores, visitas e desejos. E todos sempre caem bem. Nada sobra, nada falta. Um prazer simples, chique e nada medida certa. Qualquer semelhança com o pretinho básico, com certeza não é mera coincidência. www.nespresso.com/

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O creme compensa

A vida é realmente uma graça! Nos leva e traz de volta, joga para cima, joga para baixo, mistura, confunde, dá e subtrai. Mas é assim mesmo. É isto que a faz ser assim tão rica e misteriosa. E cá estou de volta publicando alguns dos meus pensamentos, minhas festas, fantasias, sabores e sentimentos. Por falar em receitas, bolos, confeitos, confesso que ando viciada nos programas de bolo que assolaram a TV paga. Ace of Cakes e Cake Boss. Gravo, assisto, assisto de novo e acendi uma simpatia (quase amor) pelos doces. Já que minha paixão original é pelos salgados... Mas ainda estou na dúvida se aquelas alegorias maravilhosas que são apresentadas na telinha tem realmente um sabor especial, ou são pura cenografia. No Cake Boss, entretanto tem um doce que só de pensar eu sinto desejos. O italianíssimo Canolli. Um canudo de massa frita recheado com creme de manteiga. Um crime praticado com requintes de crueldade contra a balança. Mas neste caso o creme compensa!

domingo, 10 de abril de 2011

Encontros e Despedidas



Festa é festa e é sempre bom.

O prazer de celebrar, pessoas queridas, comida e bebida. Parece a receita perfeita, mas quando se trata de despedida, alguma coisa fica cutucando lá no fundo.

A perda nunca é encarada como uma coisa gostosa, pois nunca lembramos que onde se perde um se ganha outro. Aquele velho “Onde Deus fecha uma porta, abre uma janela”.

Amigos verdadeiros nunca se vão. Mudam de estado, de país, e até de universo. Mas continuam ali ... juntinhos da gente, no nosso coração. Deixam seus exemplos, suas lições, as boas saudades, uma ternura sem fim e uma porta aberta para sempre haver um reencontro.

Esta festa chamada vida tem muitos convidados. Muitos vão deixar saudades quando partirem para outras festas, alguns simplesmente se vão à francesa, sem que ninguém note. Não é o caso destas duas mulheres lindas, fortes e vibrantes com quem tive o prazer que conviver por aproximadamente um ano.

Uma mineirinha que esbanja alegria, mas demonstra um caráter muito sólido. Outra canadense, que tem uma embalagem seríssima, mas que está recheada de doçura e calor... muito calor. Conviver com ambas, dividindo alegrias, sonhos, tristezas e sempre uma boa mesa só confirma minha teoria de que esta vida é uma festa!

Vou sentir saudades, mas não muita, pois vocês estarão sempre aqui no meu coração!!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Quase um Ano Sabático

Confesso que tenho andado realmente sumida, mas se a vida é uma festa, eu estava lá me divertindo e aproveitando suas dores e delícias.

Trabalhando

Neste meio tempo me reempreguei, o que já justifica 98% da ausência neste ofício de escrever. Era durante o dia que eu ficava na frente da tela. E hoje este tempo é dedicado ao trabalho. Que bom!!! Pois estou felicíssima na minha nova casa. Perfeito nas suas imperfeições é onde posso fazer o que mais amo, conviver com gente da melhor qualidade, e afinada com minha missão de vida de tornar esta terra um lugar um pouco melhor... Que pretensão essa minha. Fora que agora eu trabalho no coração da cidade, almoço vendo este mar absurdamente lindo, com companhias impagáveis.

Mas me afastai realmente, pois não abri mão das minhas caminhadas pela pracinha com meu cãozinho Boris, nem de curtir e mimar meu amado Emir.

No "queijo" comemorando o aniversário de Lua com Tarsila

Nestas minhas andanças com Boris também conheci pessoas maravilhosas, e aí a gente fica enrolando pra voltar para casa. Fica curtindo o prazer de estar ao ar livre, de shorts e sandália, jogando conversa fora embaixo daquelas árvores frondosas, ou naquele gramado que convida a se sentar. Também tem o queijo. Uma espécie de palquinho (deve ter sido este o objetivo inicial), que foi totalmente adaptado para sentarmos para tricotar sobre a vida, sobre o nada, sobre as notícias da semana, mas especialmente sobre o nosso amor por cachorros.

E assim fui me inserindo nesta vida soteropolitana. Criando raízes, hábitos, cultivando amizades, reforçando as já conquistadas. E com tanta vida sendo vivida, depois de chegar a casa é só cair na cama e dormir. Sonhando como esta vida é realmente uma festa.

terça-feira, 2 de março de 2010

O tempo e a jaboticaba

Hoje é meu aniversário e recebi este texto delicioso de presente. Não precisei nem gastar meus neurônios.... mas amanhã quero falar sobre festas, bolos e comemorações. Enjoy!


'Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio. Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão-somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.' O essencial faz a vida valer a pena.'

Rubem Alves

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Festa para todos os sentidos

Estava com saudades. De férias do blog num período onde cuidei da saúde, do maridinho (que tirou férias) e claro, do Boris.

Idéias não faltaram, mas daí a sentar e escrever são outros quinhentos. Mas enfim, estou de volta.

E por falar em festa, estamos em contagem regressiva para o maior espetáculo da terra: o carnaval. Eu tenho a honra de morar onde acontece o maior carnaval de rua do planeta. Aqui em Salvador já é Carnaval há algum tempo, e embora eu goste muito da festa, acredito que vale sempre lembrar que as terras soteropolitanas não vivem apenas dele.

Tem outras festas musicais e igualmente extasiantes que acontecem na cidade. Para o público local acho que nem preciso recomendar, mas para quem não conhece, vale a visita do Jam no MAM, no Museu de Arte Moderna (Solar do Unhão), que acontece no fim da tarde todos os sábados, na Avenida Contorno.

Debruçado sobre o mar, o lugar por si só já é lindo.

O espetáculo fica por conta do pôr-do-sol, que se derrete no mar hipnotizando até os olhares mais exigentes. Sobre um páteo em cima do mar, amantes de boa música, culturetes de estilo despretensioso e descolados se espalham pelas cadeiras, beirais, em rodas de amigos, num clima de festa que esbanja charme. Para aplacar a fome e refrescar a sede nada de luxo, mas tudo muito correto. Cerveja (inclusive sem álcool), refrigerantes sempre impecavelmente gelados. Roscas de frutas da época preparadas na hora. Crepes doces e salgados, queijo coalho na brasa e como não poderia faltar, acarajés e abarás fumegantes e perfumados preparados por autênticas baianas.

O clima é poético e inspirador. Dá vontade de fotografar tudo. Foi o que fiz... estilo tiete.

Uma festa que não se resume a fevereiro, numa Salvador que mostra que nem só de axé é feito o soteropolitano.

domingo, 11 de outubro de 2009

O descanso dos justos - só para desanuviar....


Vocês devem estar se perguntando por que afinal eu ando demorando tanto para postar alguma coisa.
Tenho cozinhado algo mais do que comida. Estou engolindo um sapo enorme, e esta digestão dá um trabalho danado. Tipo um urso hibernando por meses enquanto gastas suas reservas, estou consumindo algumas arestas que precisavam ser aparadas.
É muito bom, mas ao mesmo tempo capcioso ter este sorriso estampado no rosto vinte quatro horas por dia. Todos acham que você está bem, que sua vida é um mar de rosas, e chegam até a invejar sua felicidade perene. Doce ilusão.
Meu sorriso é algo que não consigo mudar, é maior que eu, mas nem sempre traduz o que eu tenho lá no fundo das minhas entranhas, dos meus mais secretos pensamentos e sentimentos.
A impressão de quem me vê sem trabalhar acha que eu estou curtindo um período muito bom. Descansando, aproveitando para fazer tudo aquilo que enquanto estamos trabalhando não temos tempo. Bem, isto não é exatamente a verdade. Fico procurando emprego, economizando o máximo, tentando novas possibilidades e fazendo serviço de despachante, Office girl, tarefas domésticas nunca reconhecidas e gerente da casa. Isso é glamour?
Muitos comemoram a minha cura, a impressionante recuperação, a força com que encarei todo o processo do câncer. OK, acho que realmente fui uma guerreira. Mas ficaram marcas, dores, medos, e ainda algumas coisas para arrumar.
Colocando tudo isto no caldeirão, e uma pitada imensa de saudades da minha família, como nunca senti e uma dor louca de não poder acompanhar momentos incríveis com as pessoas que mais amo. Deste caldo, sobe um aroma de que roubaram a minha vida perfeita. Aquela receita que dava um pouco de trabalho, mas que compensava no final, ficava esplêndida.
Hoje vou vivendo um dia de cada vez, conservando este humor que me faz rir de mim mesmo a cada tropeço. Ops... Mais um. E meu inconfundível toque de Polyana que acredita que tudo tem um lado bom e vai melhorar.
Esta vocação de Fênix dá trabalho, mas sempre que se ressurge das cinzas, a pele volta ótima. Afinal alguma coisa tem que compensar.
Hoje a receita fica por conta de uma barra de chocolate bem grande da Kopenhagen, Pipoca de microondas, um chocolate quente (se você mora no frio), ou um copo trincando de gelo com Coca Zero. Se quiser e puder esbanjar, abra um Champagne, ok... um Prosseco. E brinde a vida. Porque ela dá voltas, e quando ela passar aqui de novo eu agarro ela pelos cabelos!
Beijo a todos!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Arroz de festa


Arroz para mim é um alimento básico e, que me desculpe a maioria da população, mais importante que o pão. É minha paixão. Fresquinho, ainda molhado, assim que acaba de cozinhar, eu posso comer puro. Especialmente se tiver sido perfumado com alho bem amassadinho. Ele é a base de diversas culinárias, desde a milenar oriental até às coloridas latinas. Faz cama para sushis e acompanha os mais diversos pratos. Pode ser o principal, mas faz bonito como coadjuvante.

Com caldo de feijão fumegante é para mim uma refeição completa, mas que chaga ao auge com um ovo, especialmente se frito com maestria. Aquele que deixa a clara cozida, a gema mole, pronta para se desfazer como um rio amarelo dourado penetrando por meio das pedras brancas. Simples?

Que tal um risoto de cogumelos morrilles? Uns que parecem esponjas de um marrom aveludado. Alcanço o nirvana. Mas também me delicio com os parentes um pouco menos sofisticados, como o risoto ao funghi porcini, shitake ou shimeji. Agora, se a idéia é arrebentar a boca do balão, vá de trufas negras, que inclusive combinam muito bem com o ovo citado logo acima.

Todos os risotos me agradam, e eu acho que é um prato não apenas gostoso de fazer, mas também de preparar. É quase um ritual. Diferente do arroz branco, que é lavado, refogado, inundado e deixado para secar até ficar pronto, o risoto é feito com arroz arborio, e a água ou caldo vai sendo deitado lentamente, mexido com calma e meditação.

A receita básica serve para diversas variações. Diversos restaurantes inclusive deixam esta receita praticamente pronta, e quando recebem o pedido finalizam com o ingrediente que dá sabor ao prato: camarão, funghi, legumes, frango, lingüiça, tomate seco. Entretanto, onde a iguaria é realmente respeitada, há sempre uma anotação no Menu avisando que a preparação leva uns 40 minutos. Vale a espera.

Vamos à receita: Risoto de Funghi Porcini

Ingredientes (4-6 pessoas):

- 50g de funghi porcini seco (mas pode fazer com outros cogumelos)
- 8 xícaras de caldo de carne
- 120g de manteiga sem sal (8 colheres de sopa)
- 1 cebola média, cortada em pequenos pedaços
- 4 folhas de sálvia fresca, cortadas
- 2 xícaras de arroz arboreo, sem lavar
- 3/4 de xícara de vinho tinto (ou branco, no caso de usar shitake ou shimeje)
- 3 colheres de sopa de salsinha fresca, picada
- 3/4 de xícara de queijo parmesão ralado na hora
- sal à gosto

Preparo:

Numa pequena tigela, coloque os funghi de molho em 2 xícaras de água quente por 30 minutos. Remova depois com uma escumadeira, lave bem, corte em pedaços e reserve. Tirar a terra é fundamental. Coe o líquido em 2 camadas de tecido bem fino (ou filtro de café) e também reserve.
Ferva o caldo de carne e depois mantenha-o quente. DICA: Você pode preparar o caldo em casa, usar o de tablete ou recorrer a um truque profissional. O primeiro fica perfeito, mas dá um trabalho enorme. O segundo é fácil, mas deixa a desejar no quesito sabor. O truque profissional usado em muitos restaurantes é o preparado da linha Chef, da Nestlé Food Services. Eu adoro o Demi Glace. É perfeito!

Enquanto isso, numa panela inoxidável derreta 6 colheres da manteiga sobre fogo moderado. Acrescente a cebola a sálvia e refogue, mexendo ocasionalmente com uma colher de pau, sem deixar a cebola dourar, por cerca de 5 minutos. Acrescente o arroz e mexa sem parar até que os grãos fiquem revestidos com a manteiga, cerca de 3 minutos.

Acrescente o vinho e vá mexendo constantemente até este ser absorvido, cerca de 3 minutos. Acrescente o funghi e o líquido reservados, continuando a mexer até quase secar. Continue mexendo e acrescentando uma xícara do caldo quente por vez, sempre que a anterior tiver sido quase absorvida.

Este é um momento perigoso para o cozinheiro que gosta de vinho. Com a garrafa aberta, a fumaça emanando do fogão, o perfume de ervas a tentação de dar uma xícara para o arroz, uma taça para o cozinheiro é inevitável. Vá com calma! É bom estar inteiro na hora de servir suas visitas. Só uns golinhos..... e a mão vai ficando generosa!

Salgue e comece a provar após cerca de 20 minutos, até verificar que o arroz está al dente e a mistura cremosa. Para ajustar a cremosidade no final do cozimento, acrescente caldo suficiente se estiver um pouco seco ou deixe cozinhar pouco mais se estiver ainda ligeiramente ensopado.

Retire a panela do fogo, acrescente a salsinha, o parmesão e as 2 colheres restantes da manteiga, tudo bem misturado (esta é a hora de ser generoso. Mas sem exagero!). Sirva com lascas de parmesão imediatamente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Linguado de lamber os beiços


Preparar peixe parece uma tarefa complicada e que deixa muitas pessoas inseguras. E existe uma verdade nisto. Um peixe mal feito não dá para engolir. Literalmente. E errar não é tão difícil assim. Mas segue aqui uma receita tão simples e frugal, que chega a ser sofisticada de tão clean.

Compre filé de um bom peixe (não economize em qualidade). Carne branca para esta preparação. Salmão e atum são uma delícia em outras receitas. O Linguado é perfeito! Mas badejo, namorado, bacalhau fresco e robalo também fazem bonito.

A coisa funciona mais ou menos assim:
Faça uma cama de cebolas grosseiramente picadas numa forma refratária, banhada em azeite de oliva. Acrescente tomates igualmente picados ou em rodelas finas. Espalhe rodelas grossas de batatas laminadas. OK, você me pegou. Nem muito finas, nem muito grossas.
Isto tudo vai formar água na hora do cozimento. Tenha cuidado!
Disponha os filés cortados em pedaços generosos, e ainda um pouco congelados sobre estes ingredientes. Salpique sal, pimenta do reino, se gostar, alcaparras (e um pouco da salmoura delas), rodelas de pimentão vermelho (se seu estômago permitir....) e uma boa dose de vinho branco. O Chef Izidro (vinho culinário faz bem o papel!).
Cubra com papel alumínio e forno!
Depois de alguns minutos retire o papel e deixe dourar levemente. Mas sem secar o peixe. Este deve estar escorregando na boca. Nunca em fiapos....

Os sabores desta receita remetam a bacalhoada que minha mãe fazia, por isso também cozinho ovos duros e sirvo com eles. Para acompanhar: Arroz branco basta. E se você curte um bom copo, um vinho cai muito bem.

Você ainda pode fazer a variação moqueca de forno. Suprima as alcaparras, acrescente um bom fio de azeite de dendê, e um toque final com leite de coco. Neste caso esqueça os ovos. Sirva com arroz e farinha.
É fácil, é rápido e te dá um status de Chef!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A vida é uma festa

Recebi este comercial da Coca-cola (eles sempre são fantásticos) e achei incrível. Queria dividir com todos vocês que me seguem. Acho que ele mostra de uma maneira poética como é importante celebrar a vida todos os dias, como é fundamental cultivar as relações, aproveitar momentos que parecem simples, mas que são incomparáveis. Nunca esquecer que esta vida é uma festa! Enjoy it!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Michael Jackson


Não quero chover no molhado ao escrever sobre Michael Jackson. Chamá-lo de Rei do Pop e dizer que suas canções marcaram diversas fases de nossas vidas seria simples demais, óbvio.
Mas esta morte prematura me faz refletir e relembrar outro ícone musical: Cazuza, que cantava “Meus heróis morreram de overdose, Meus inimigos, estão no poder, Ideologia.... eu quero uma pra viver”
Que overdose é esta? Uma overdose de vida? De talento? De exposição?
O mundo perde mais uma estrela, que vai se juntar ao Elvis, Fred Mercury, John Lennon, Cazuza, Ayrton Senna (eu sei..... não resisti) e formar uma constelação que deixa muitas saudades.
Michael nos brindou com hits fantásticos como “ Thriller”, recentemente resgatado no filme “De repente 30”, “Human Nature”, “Black and White”, “Beat it”, e as inesquecíveis e minhas favoritas ” We are the world” e “Heal de World”, que além de lindas revelam um Michael sensível e preocupado em transformar o mundo.



Vale a pena visitar o Youtube para rever estas cenas:



Se Michael Jackson queria fazer deste mundo um lugar melhor ele conseguiu através da sua arte e genialidade.
Vai fazer falta!

Santos Festeiros

Junho é mês de festa!
Ainda me lembro quando era pequena e minha mãe enfeitava minha Conga com sianinhas. Ficava doida para usar aquele vestido cheio de babados e enfeites, com uma calçola igualmente adornada por baixo. Maria-chiquinha, claro, e muitas pintas no rosto.
Ao lado do prédio onde eu morava na minha infância tinha uma escola, e todo junho tinha quermesses deliciosas. Ficava louca para ir à barraca da pesca tentar faturar algumas prendas. Também tentava as argolas. Comia-se muito churrasco (coisa de paulista), pipoca e doces.
Adorava dançar quadrilha, receber correio-elegante, ficar presa na cadeia com um menino bonito. Um tempo de inocência.

Hoje morando no nordeste conheci uma nova face das festas juninas. O São João, do dia 24 é comemorado quase como um Natal. A mesa é farta com muitas iguarias a base de amendoim, coco, aipim e milho, e não pode faltar licor.
Aprendi a comer amendoim cozido, ao invés de torrado. Alguns torcem o nariz. Eu adoro!
Separei algumas receitinhas garimpadas em livros, sites e revistas, que não podem faltar numa mesa de Festa Junina (pode ser Julina.... nesta altura do campeonato).

PAÇOCA CASEIRA
Ingredientes:
½ Kg de amendoim torrado e sem casca
1 lata de leite condensado
6 colheres de sopa de açúcar
1 pacote de bolacha Maisena
100 ml de leite

Modo de preparo:
Torre o amendoim, tire a casca e bata no liquidificador até virar farelo. Bata a bolacha no liquidificador e misture com o amendoim. Vai parecer uma areia dourada. Adicione o leite condensado, o açúcar e o leite, mexendo muito bem. Amasse bem e coloque em uma forma delicadamente untada com margarina. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por 2 horas. Corte em formato de balões e está pronto para servir.

PÉ DE MOLEQUE

Ingredientes :
750g de amendoim torrado
1 lata de leite condensado
2 xícaras de açúcar
1 xícara de água
1 colher de sobremesa de bicarbonato de sódio
Óleo spray ou se preferir manteiga ou papel manteiga


Modo de preparo:
Prepare uma superfície: Unte uma assadeira ou uma superfície de mármore com óleo spray ou comum, ou ainda manteiga. Se preferir, forre com papel manteiga, facilita para lavar depois. Basta apenas cortar um pedaço um pouco maior que a assadeira ou a superfície que irá usar e forrá-la.
Prepare os pés de moleque: Ponha uma panela no fogo e deixe aquecer. Quando estiver quente junte o amendoim e dê uma mexida com uma colher de pau. Depois coloque o açúcar e mexa sempre até o açúcar derreter um pouco e ficar com cor de caramelo. Acrescente a água aos poucos, sempre mexendo. Deixe cozinhar até ficar meio grosso e então coloque o leite condensado também aos poucos. Misture sempre até começar a aparecer o fundo da panela. Nesse ponto, retire do fogo, junte o bicarbonato e mexa até misturar bem. Com uma colher retire porções e coloque sobre a superfície untada para esfriar. Se quiser pode espalhar o doce todo sobre a superfície que escolheu e depois quando amornar e começar a endurecer, cortar pequenos quadrados com uma faca afiada.
BOLO DE AIPIM
Ingredientes:
1 Kg de aipim cru ralado (pesar depois de descascado)
4 ovos
½ xícara (chá) de óleo
1 e ½ xícaras (chá) de água
8 colheres de sobremesa de leite em pó integral
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colher (café) (rasa) de sal
1 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de Preparo:
Rale o aipim com um ralador manual ou com a lâmina para ralar do processador de alimentos. Reserve. Bata no liquidificador os ovos, o óleo, a água, o leite em pó, o açúcar e o sal. Despeje o conteúdo do liquidificador em uma tigela. Acrescente o aipim ralado e misture bem. Por fim, acrescente o fermento e misture. Despeje a massa em uma forma retangular de 35 cm x 23,5 cm, apenas untada com manteiga. Asse em forno médio (180º) pré-aquecido por cerca de 1 hora e 20 minutos ou até dourar.

QUENTÃO

Ingredientes:
1 e 1/2 xícara de chá de açúcar
1 colher de sobremesa de cravo-da-índia
60 g de gengibre cortado em fatias com casca
2 paus de canela médios
Rodelas de 2 limões médios
Casca de 1 laranja
2 xícaras de chá de água mineral bem quente
1/2 litro de cachaça

Modo de preparo:
Coloque o açúcar numa panela funda (com 2 litros de capacidade) e leve ao fogo para caramelar levemente. Acrescente o cravo-da-índia, o gengibre cortado em fatias, a canela , as rodelas de limão e a casca da laranja. Deixe apurar e aproveite o perfume que invade o ambiente.Quando estiver com cor e textura de caramelo, acrescente a água fervendo e deixe borbulhar por 10 minutos em fogo brando até o caramelo dissolver.Incorpore a cachaça e ferva novamente por 10 minutos.Coe e sirva em pequenas canecas.
Esta receita também pode ser feitas sem álcool!

Voltando de Férias


Estive ausente por umas semanas e morri de saudades. Enquanto curtia esta pausa já estava arquitetando que assuntos traria para abordar aqui no Festas de Mellissa. Pensei em trazer, com um pouco de atraso o tema Festas Juninas, mais conhecidas aqui no nordeste como São João. Será a próxima postagem.

Também não poderia deixar de homenagear Michael Jackson, que assumiu sua posição de estrela e agora brilha lá em cima, depois de fazer tantas festas para nossos olhos, ouvidos e corações. Vem em seguida...

E finalmente voltar com algumas receitas simples e fáceis, que deixam a gente com água na boca! É bom estar de volta!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Um casamento perfeito


No último fim-de-semana aconteceu uma coisa interessante. Emir e eu acordamos ainda com aquela preguiça e sem uma programação definida para o almoço. Sair ou fazer? E em ambos os casos, o que?
Eu poderia comer algo do mar, um caranguejo, por exemplo. Emir votou por macarrão. Uma rápida checagem no freezer e na dispensa e a questão estava resolvida. Vou para o fogão fazer uma nova experiência: Penne ao caranguejo.
Dourei cebolas e alhos bem picadinhos enquanto fazia uma inspeção minuciosa na carne para tirar possíveis cascas e outras partes duras. Refoguei tomates pelados, despretensiosamente picados até formar um caldo suculento. Mergulhei a carne adocicada neste molho, dosando um pouco de sal e pimenta. Cinco gotas de Tabasco para dar um toque picante.
Enquanto o penne rigatte (de grano duro) borbulhava na panela ao lado, finalizei minha obra com um fio de azeite de dendê e algumas pinceladas de leite de coco. Bem discreto, apenas para dar um pouco de personalidade, mas sem virar uma moqueca.
Servi na própria caçarola onde fiz o molho, salpicando salsa (porque estava sem coentro) para decorar. Ficou lindo e delicioso. Ambos ficamos muito satisfeitos.
Mais tarde me dei conta de que esta receita é muito parecida com a receita de um bom casamento. Umas vezes você recebe, em outras cede, mas é incrível como com um pouco de criatividade dá para agradar os dois e criar uma terceira opção. Mais uma prova de que cozinha e amor estão intimamente ligados!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Simplesmente Elisa


Estive ausente por uns dias por um motivo mais do que justo.
Na última semana perdi minha avó querida. Uma referência. Ou melhor,” A referência “de toda a família. Foi a vovó Elisa quem me ensinou o prazer de viver em família, sempre em grupo e a volta da mesa. Mesmo aos 92 anos ela continuava cozinhando para uma trupe que se deliciava com seus quitutes simples, mas inesquecíveis.
Minha avozinha sempre marcou nossas vidas com sua dignidade, sua honestidade, sua espiritualidade e claro, seus pratos maravilhosos.
Arroz com feijão melhor nem falar, pois o de uma avó é sempre maravilhoso. Mas para iniciar me recordo do seu “Macarrão Domingueiro”, que era preparado com presunto e queijo no forno, e lembra minha primeira infância, na década de 70.
Arroz de Braga, com lingüiças, frango, folhas rasgadas de repolho e um tempero inesquecível da vovó me deixa com água na boca e uma saudade imensa. Sua costelinha, já citada neste blog é incomparável.
Houve uma época em que eu trabalhava muito próximo a sua casa, e que almoçava e lanchava constantemente com ela. Bons tempos! Nesta época conheci a sopa de ovo, que era com um ovo “mexido”, pão e água. Um exemplo incomparável de Comfort Food.
O “Creme”, espécie de pudim, com uma mistura de pudim e pudim de pão, medidos em suas latas e garrafas que está eternizado em nossas memórias, e espero que esteja salvo com alguma de minhas tias. Soberbo!
Sua receita mais recente e emblemática era a “Galinha Metida a Besta”, que misturava peito de frango com milho, palmito e outros ingredientes. Meu irmão Alexandre me prometeu fornecer a receita para eu postar neste blog com “Frango à Elisa”! E será!
Depois de sua morte, que sinto com muita dor até hoje, nos reunimos para cuidar dos seus pertences e legados. Consegui guardar todos os seus livros de receitas da “União”. Me lembro que ela sempre guardava as embalagens para trocar por livros, e que a cada promoção ela conseguia dar livros a todas as filhas. Como eu era neta nunca recebi estes exemplares. Hoje guardo com carinho todos os que ela reservou para ela mesma.
Herdei ainda um socador, um avental e uma forma de bolo. Boa mensagem para seguir cozinhando para meus amados. Guardei também uma Oração de São Francisco, que era a cara dela e que me inspira a viver de maneira a servir aos outros.
Vovó Elisa Gobetti Toledo é e será sempre uma referência e um exemplo em nossa família. Neste blog, pretendo trazer algumas histórias, muitas receitas, e um pouco da sabedoria que esta linda mulher me proporcionou.
Descanse em paz meu amor!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Casar é uma fantasia


Nunca pensei que fosse me casar nos moldes tradicionais do véu e grinalda. Mas ao encontrar o príncipe e decidir casar, me entreguei ao delírio de Cinderela e me permiti o pacote completo.
Achava que meu vestido seria com uma saia “retona” e bem “basicão”. Meio traje dos anos 50/60. Experimentei vários e percorri diversos ateliers até encontrar Alba Martins.
Alba já é encantadora no primeiro contato. Fina (e ponto!). Me recebeu em sua casa num domingo com direito a mãe, tia, prima (irmã), padastro .... a trupe toda! Nos brindou com seu sorriso doce e serviu café e suco de maracujá natural. Tudo impecável.
Quando adentrei a saleta onde estavam os modelos disponíveis olhei para os três selecionados para a prova, e tive certeza que já tinha encontrado o meu eleito.
Muito longe da saia reta, ele fazia ondas desestruturadas que completavam um corpete todo rendado. É este! Eu pensei. Não hesitei em provar todos os véus e grinaldas, e Alba me incentivou a escolher o mais vistoso, me lembrando que eu iria me casar somente uma vez! E já que ele era “a minha cara”!!!!
Entendi o que tantas noivas sentem. O mais importante para mim sempre foi ter encontrado a pessoa certa. O restante, eram acessórios que iriam completar uma história de amor.
Fui premiada com este encanto de pessoa que me fez uma noiva linda e realizada. Ganhei não apenas um traje maravilhoso, mas uma amiga por quem guardo um carinho eterno.
Conheçam um pouco de Alba Martins acessando seu site e blog! Se for casar, não deixe de conhecê-la!

http://blogdanoiva.zip.net/
http://www.albamartins.com.br/noivas.htm

terça-feira, 26 de maio de 2009

Casar é doce!

Mesa montada por Kykah


Parece que só porque eu falei que não sou uma pessoa de doces e o assunto se torna recorrente. Neste caso por uma boa causa.
Casamento é verdadeiramente uma festa! Reúne amigos, família, agregados, alguns até desconhecidos amigos de seus pais, mas tudo está valendo.
Pretendo tratar deste assunto por vários ângulos, pois ele comporta e merece muitas linhas e principalmente dicas, afinal só quem já organizou uma festa sabe a loucura que é, e como a gente só descobre quanta coisa é necessária na hora que está com a mão na massa.
Mas como comentei na abertura do texto, hoje vou falar sobre doces.
Eles compõem uma mesa de destaque no salão. Quase um altar. Ficam lá se exibindo desde o começo da festa e tentando os ávidos por iguarias adocicadas. A montagem á caprichosa, quase uma cenografia. E tem figurino também! Doce que se preza vem muito bem vestido.
Existem nomes muito famosos em cada região, mas eu vou dar a dica da eleita para o meu casamento. Ela foi sensacional e tão competente que no meio da festa, muito antes da hora dos doces a mesa já estava toda desfalcada. Não achei de bom tom deixar leões-de-chácara cuidando daquelas delícias, e foi o que aconteceu. Tomei como elogio. Era para comer mesmo.
E ainda tinha na manga centenas de bem-casados que calculei com folga para atender todos os estelionatários deste bolinho nupcial.
Voltando à Kykah, esta doceira de São Caetano do Sul, região do ABC, em SP, a qual indico de olhos fechados. Kykah Oniytsuka me atendeu em sua casa/ateliê e já mostrou charme e elegância nos mínimos detalhes da apresentação. Os doces sempre em caixas muito bonitas. Ela impecavelmente vestida a caráter para uma doceira, os objetos e livros da casa sutilmente falavam dos confeitos artesanalmente preparados por ela.
Além dos doces, de comer de joelhos e olhando para o céu, ela tem forminhas dos mais diferentes tipos a preços acessíveis. Escolhi um de flor, onde a haste seria um brigadeiro dourado que mais parecia uma bola de ouro.
A trufa de maracujá era de perder os sentidos, e veio embalada numa cestinha com tule. Parecia uma jóia. Também optei por uma cestinha de chocolate belga com flores de framboesa, e um copinho redondo de chocolate belga também, com ganache de frutas vermelhas para comer de colher. E de olhos fechados também!
Para agradar gregos e troianos, não deixei de incluir um camafeu de nozes, coberto com fondant cor-de-rosa e pintinhas brancas, que achei um mimo. Ficou paracendo uma flor.
A idéia é encomendar uma média de 5 doces por convidados. Mas pense no seu público e aumente se achar necessário. Pessoal mais jovem e que bebe consideravelmente come menos doces. Capriche da bebida. Pessoal mais velho e de meia-idade não resistem e além de comer seqüestram alguns para os bolsos e bolsas. Capriche na quantidade encomendada.
Mas nada de deixar alguém controlado a mesa. Além de deselegante, vai tirar o brilho dela. Acabou, acabou! Fazer o que.
Para finalizar, curta muito este momento da escolha. Não peca uma degustação. Deixe muito claro a sua vontade e o seu estilo, mas, por favor, deixe o profissional trabalhar! Melhor do que você, eles sabem o que combina ou não, que doce fica melhor com que forminha e a melhor maneira de montar.
E não esqueça. Você vai comer muito pouco no seu casamento. Peça ao doceiro para preparar uma caixa especial para os noivos comerem na manhã seguinte!

É um must!

Se você precisa de doces artesanais aí vão os contatos:

Kykah

kykah.com.br

Kykah@kykah.com.br

Fone 11 4238 0113

domingo, 24 de maio de 2009

Cheesecake para amadores



Nunca fui uma pessoa de doces. Nem para comer, nem para fazer. Mas confesso que algumas preparações realmente me encantam. Cheesecake é uma delas.
Aquela textura aveludada que derrete na boca contrastando com uma calda agridoce de frutas é capaz de me levar a universos nunca dantes visitados. Uma loucura.
Queria aprender uma receita que fosse fácil e ao mesmo tempo gostosa. Encontrei esta de liquidificador:
INGREDIENTES (é um pouco cara!)
Massa
1 pacote de biscoito maisena (200g)
5 colheres de sopa de margarina
Recheio
1 envelope de gelatina em pó sem sabor
4 colheres (sopa) de água
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 xícara (chá) de ricota amassada
300g de cream cheese (queijo cremoso tipo Philadelphia)
1 colher de sopa de raspas de casca de limão
Calda
1 xícara (chá) açúcar
2 xícara (chá) de frutas vermelhas
Suco de 1 limão
Triture o biscoito no liquidificador e misture com a margarina até obter uma textura de areia molhada bem dourada. Forre o fundo de uma forma de aro removível de 26 cm de diâmetro com esta massa. Leve ao forno médio. Preaquecido, por 15 minutos e deixe esfriar. Misture a gelatina com a água e deixe descansar por 5 minutos. Leve ao fogo baixo e mexa até dissolver. Bata no liquidificador com o leite condensado, o creme de leite, a ricota e o cream cheese até ficar homogêneo. Misture as raspas de limão e espalhe sobre a massa na forma. Leve à geladeira por 4 horas, ou até estar firme.
Para a calda, em uma panela, misture o açúcar, as frutas vermelhas, o suco de limão e leve ao fogo baixo por 15 minutos ou até obter textura de geléia mole. Deixe esfriar, desenforme e sirva a torta regada com a calda.
Segredinho de preparo
Para seu cheesecake ficar ainda mais perfeito, é importante tirar o queijo cremoso da geladeira com pelo menos 1 hora de antecedência. Assim sua textura ficará bem macia e de fácil manuseio. Bata muito bem o recheio, pois quanto mais macio e liso, melhor o resultado.
Dica
Ao invés de preparar a calda, use geléia de framboesa ou de frutas vermelhas da marca Queensberry. Além de deliciosa e cheia de pedacinhos, é muito mais fácil!
Quando fizer esta receita, me convide!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Afrodisíaco é estar entre amigos


Um dos professores mais encantadores que tive foi quem me apresentou este restaurante no mínimo interessante. Depois de uma manhã de sábado intensa percorrendo ladeiras, igrejas e museus com o professor Carlos Linhares, na aula “Pelourinho, do olhar ao ver”, fechamos o evento com chave de ouro.
Guiados pelo mestre ao Ponto Vital – Santo Amaro, na Rua das Laranjeiras, ali mesmo no Pelô, encontramos um espaço charmoso e pitoresco. Acomodados na própria rua, em mesas de plástico forradas com toalhas floridas, aplacamos nossa sede com cerveja gelada e boa conversa.
No cardápio o sugestivo caldo de carongondê, um tipo de marisco em formato de escorpião, que dizem ter propriedades afrodisíacas. Por que não testar? Uma delícia!
Além desta iguaria, o proprietário Vital de Abreu, que já cozinhou para Dona Canô apresenta no cardápio divertido, diversas receitas com influência de Santo Amaro da Purificação, cidade do Recôncavo Baiano. Também pode-se encontrar pratos sertanejos e feijões africanos em diversas preparações. Dizem até que Caetano levou Almodóvar para conhecer o local e provar as receitas de sua terra. Provei a moqueca de carne do sol e degustei o escondidinho de carne de sertão. Reconfortante!
Depois de me fartar deliciosamente percebi que o melhor tempero do dia foram as pessoas maravilhosas com quem dividi esta mesa. Isto sim é afrodisíaco!




Resenha de VEJA Salvador
O cardápio tem influência direta de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, cidade natal do proprietário, Vital de Abreu. Conterrâneos famosos dão nome a pratos feitos à moda daquela região. De entrada, por exemplo, duas sugestões são o caldo de carongondê, tipo de marisco em formato de escorpião, e a pasta mabel veloso, com base de maturi (castanha de caju verde). Receita forasteira, por assim dizer, é a maniçoba, prato de origem indígena feito com folhas da mandioca cozidas por uma semana com carne de porco. Das sobremesas, o doce de tamarindo, levemente amargo, é uma das alternativas.



Endereço: Rua das Laranjeiras ,23


Bairro: Pelourinho


Telefone: 8154-6151


Lugares:48


Horário:11h30/23h30 (fecha seg.)