terça-feira, 26 de maio de 2009

Casar é doce!

Mesa montada por Kykah


Parece que só porque eu falei que não sou uma pessoa de doces e o assunto se torna recorrente. Neste caso por uma boa causa.
Casamento é verdadeiramente uma festa! Reúne amigos, família, agregados, alguns até desconhecidos amigos de seus pais, mas tudo está valendo.
Pretendo tratar deste assunto por vários ângulos, pois ele comporta e merece muitas linhas e principalmente dicas, afinal só quem já organizou uma festa sabe a loucura que é, e como a gente só descobre quanta coisa é necessária na hora que está com a mão na massa.
Mas como comentei na abertura do texto, hoje vou falar sobre doces.
Eles compõem uma mesa de destaque no salão. Quase um altar. Ficam lá se exibindo desde o começo da festa e tentando os ávidos por iguarias adocicadas. A montagem á caprichosa, quase uma cenografia. E tem figurino também! Doce que se preza vem muito bem vestido.
Existem nomes muito famosos em cada região, mas eu vou dar a dica da eleita para o meu casamento. Ela foi sensacional e tão competente que no meio da festa, muito antes da hora dos doces a mesa já estava toda desfalcada. Não achei de bom tom deixar leões-de-chácara cuidando daquelas delícias, e foi o que aconteceu. Tomei como elogio. Era para comer mesmo.
E ainda tinha na manga centenas de bem-casados que calculei com folga para atender todos os estelionatários deste bolinho nupcial.
Voltando à Kykah, esta doceira de São Caetano do Sul, região do ABC, em SP, a qual indico de olhos fechados. Kykah Oniytsuka me atendeu em sua casa/ateliê e já mostrou charme e elegância nos mínimos detalhes da apresentação. Os doces sempre em caixas muito bonitas. Ela impecavelmente vestida a caráter para uma doceira, os objetos e livros da casa sutilmente falavam dos confeitos artesanalmente preparados por ela.
Além dos doces, de comer de joelhos e olhando para o céu, ela tem forminhas dos mais diferentes tipos a preços acessíveis. Escolhi um de flor, onde a haste seria um brigadeiro dourado que mais parecia uma bola de ouro.
A trufa de maracujá era de perder os sentidos, e veio embalada numa cestinha com tule. Parecia uma jóia. Também optei por uma cestinha de chocolate belga com flores de framboesa, e um copinho redondo de chocolate belga também, com ganache de frutas vermelhas para comer de colher. E de olhos fechados também!
Para agradar gregos e troianos, não deixei de incluir um camafeu de nozes, coberto com fondant cor-de-rosa e pintinhas brancas, que achei um mimo. Ficou paracendo uma flor.
A idéia é encomendar uma média de 5 doces por convidados. Mas pense no seu público e aumente se achar necessário. Pessoal mais jovem e que bebe consideravelmente come menos doces. Capriche da bebida. Pessoal mais velho e de meia-idade não resistem e além de comer seqüestram alguns para os bolsos e bolsas. Capriche na quantidade encomendada.
Mas nada de deixar alguém controlado a mesa. Além de deselegante, vai tirar o brilho dela. Acabou, acabou! Fazer o que.
Para finalizar, curta muito este momento da escolha. Não peca uma degustação. Deixe muito claro a sua vontade e o seu estilo, mas, por favor, deixe o profissional trabalhar! Melhor do que você, eles sabem o que combina ou não, que doce fica melhor com que forminha e a melhor maneira de montar.
E não esqueça. Você vai comer muito pouco no seu casamento. Peça ao doceiro para preparar uma caixa especial para os noivos comerem na manhã seguinte!

É um must!

Se você precisa de doces artesanais aí vão os contatos:

Kykah

kykah.com.br

Kykah@kykah.com.br

Fone 11 4238 0113

domingo, 24 de maio de 2009

Cheesecake para amadores



Nunca fui uma pessoa de doces. Nem para comer, nem para fazer. Mas confesso que algumas preparações realmente me encantam. Cheesecake é uma delas.
Aquela textura aveludada que derrete na boca contrastando com uma calda agridoce de frutas é capaz de me levar a universos nunca dantes visitados. Uma loucura.
Queria aprender uma receita que fosse fácil e ao mesmo tempo gostosa. Encontrei esta de liquidificador:
INGREDIENTES (é um pouco cara!)
Massa
1 pacote de biscoito maisena (200g)
5 colheres de sopa de margarina
Recheio
1 envelope de gelatina em pó sem sabor
4 colheres (sopa) de água
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 xícara (chá) de ricota amassada
300g de cream cheese (queijo cremoso tipo Philadelphia)
1 colher de sopa de raspas de casca de limão
Calda
1 xícara (chá) açúcar
2 xícara (chá) de frutas vermelhas
Suco de 1 limão
Triture o biscoito no liquidificador e misture com a margarina até obter uma textura de areia molhada bem dourada. Forre o fundo de uma forma de aro removível de 26 cm de diâmetro com esta massa. Leve ao forno médio. Preaquecido, por 15 minutos e deixe esfriar. Misture a gelatina com a água e deixe descansar por 5 minutos. Leve ao fogo baixo e mexa até dissolver. Bata no liquidificador com o leite condensado, o creme de leite, a ricota e o cream cheese até ficar homogêneo. Misture as raspas de limão e espalhe sobre a massa na forma. Leve à geladeira por 4 horas, ou até estar firme.
Para a calda, em uma panela, misture o açúcar, as frutas vermelhas, o suco de limão e leve ao fogo baixo por 15 minutos ou até obter textura de geléia mole. Deixe esfriar, desenforme e sirva a torta regada com a calda.
Segredinho de preparo
Para seu cheesecake ficar ainda mais perfeito, é importante tirar o queijo cremoso da geladeira com pelo menos 1 hora de antecedência. Assim sua textura ficará bem macia e de fácil manuseio. Bata muito bem o recheio, pois quanto mais macio e liso, melhor o resultado.
Dica
Ao invés de preparar a calda, use geléia de framboesa ou de frutas vermelhas da marca Queensberry. Além de deliciosa e cheia de pedacinhos, é muito mais fácil!
Quando fizer esta receita, me convide!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Afrodisíaco é estar entre amigos


Um dos professores mais encantadores que tive foi quem me apresentou este restaurante no mínimo interessante. Depois de uma manhã de sábado intensa percorrendo ladeiras, igrejas e museus com o professor Carlos Linhares, na aula “Pelourinho, do olhar ao ver”, fechamos o evento com chave de ouro.
Guiados pelo mestre ao Ponto Vital – Santo Amaro, na Rua das Laranjeiras, ali mesmo no Pelô, encontramos um espaço charmoso e pitoresco. Acomodados na própria rua, em mesas de plástico forradas com toalhas floridas, aplacamos nossa sede com cerveja gelada e boa conversa.
No cardápio o sugestivo caldo de carongondê, um tipo de marisco em formato de escorpião, que dizem ter propriedades afrodisíacas. Por que não testar? Uma delícia!
Além desta iguaria, o proprietário Vital de Abreu, que já cozinhou para Dona Canô apresenta no cardápio divertido, diversas receitas com influência de Santo Amaro da Purificação, cidade do Recôncavo Baiano. Também pode-se encontrar pratos sertanejos e feijões africanos em diversas preparações. Dizem até que Caetano levou Almodóvar para conhecer o local e provar as receitas de sua terra. Provei a moqueca de carne do sol e degustei o escondidinho de carne de sertão. Reconfortante!
Depois de me fartar deliciosamente percebi que o melhor tempero do dia foram as pessoas maravilhosas com quem dividi esta mesa. Isto sim é afrodisíaco!




Resenha de VEJA Salvador
O cardápio tem influência direta de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, cidade natal do proprietário, Vital de Abreu. Conterrâneos famosos dão nome a pratos feitos à moda daquela região. De entrada, por exemplo, duas sugestões são o caldo de carongondê, tipo de marisco em formato de escorpião, e a pasta mabel veloso, com base de maturi (castanha de caju verde). Receita forasteira, por assim dizer, é a maniçoba, prato de origem indígena feito com folhas da mandioca cozidas por uma semana com carne de porco. Das sobremesas, o doce de tamarindo, levemente amargo, é uma das alternativas.



Endereço: Rua das Laranjeiras ,23


Bairro: Pelourinho


Telefone: 8154-6151


Lugares:48


Horário:11h30/23h30 (fecha seg.)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Uma canga e um pouco de boa vontade



A idéia deste blog partiu dos constantes elogios que eu recebia a cada foto que publicava no meu álbum do Orkut. Várias pessoas ficaram admiradas com os pratos ali apresentados....


Pura ilusão!


O que tem ali são pratos preparados com amor sim, mas com muita simplicidade. A diferença toda vem da apresentação. Mesmo quando eu preparo nuggets eu faço questão de colocar num prato bem bonito, decorar com molhos (mesmo que sejam prontos), como se tivessem sido feitos por um Chef profissional.


Para completar, arrumo a mesa com esmero. Tem que ser criativo. Eu uso cangas, pedaços de fazendas bem simples e coloridas que mandei fazer a barra, souplas coloridos, taças radiantes e cristalinas. Quando o prato chega, a festa já está pronta.


Use a imaginação e vai ver o up grade que seus pratos vão ganhar!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Segredos de uma cozinheira de família


Frequentemente me perguntam onde eu aprendi cozinhar, ou como eu consigo fazer pratos tão apetitosos.

Não existe segredo. Cozinhar é simples. Mas tem que gostar.....

O ato de cozinhar tem que ser feito com amor (não o do Sazon), com carinho, sem pressa, curtindo. É um ritual de doação, de alquimia, de mágica.

Me lembro de ficar observando minha mãe no fogão. Ela sempre fez coisas incríveis. Mesmo no trivial ela se destacava. O bife a milanesa dela é impar. O camarão a grega é soberbo. A sopa de legumes com músculo uma perdição. Não tem prato que ela não saiba fazer bem.

Teve uma boa escola. Minha avó Elisa sabe dourar uma costelinha na panela com arte, aos poucos, deixando os caldos secarem vagarosamente enquanto perfumam a carne e dão um tom dourado a crosta. Não só minha mãe, mas minhas tias desenvolveram este dom que tem se perpetuado por gerações.

Talvez por isso eu, meu irmão e algumas primas amamos tanto as panelas. Mas esta é outra história, que eu vou contando aos poucos.... em pitadas....

Meu querido polvo




Embora tenha oito tentáculos, para muita gente o polvo é um bicho de sete cabeças...

Nada mais injusto com este fabuloso molusco.

Aprendi a preparar esta iguaria como quase todas as que preparo: ouvindo, vendo, testando, errando e aperfeiçoando.

Minhas primeiras referências vem de infância, onde comia um macarrão com polvo divino preparado pela minha avó paterna Ida. Segundo minha mãe, era o prato favorito de meu doce vovô João.

A primeira dica veio de um amigo - Celso Tabarrani, que me contou que sua mãe mergulhava o dito na panela com água e sal e com uma cebola inteira (descascada). Cebola cozida = Polvo cozido.

Guardei esta dica na memória por anos até minha primeira tentativa. E na primeira já acertei na mosca! Ponto certo. Nem mole nem duro.

Muitas pessoas o servem a vinagrete. A minha versão é um pouco diferente: Vinagrete quente!

Refogo cebola, pimentões vermelhos e amarelos, um pouco de páprica doce, um pouco picante. Sal e pimenta e um bom azeite de oliva extra virgem.

Aqueço os tentátulos inteiros ou em pedaços de 3 cm e sirvo.

É de comer de joelhos!

Bem vindos à festa!



O nome sugestivo pode dar a impressão de um blog de uma baladeira, daquelas que conhecem mil pessoas e estão por dentro de cada festa cool, ou rave que acontece aqui e fora do Brasil.
Longe disto.....
Festas de Mellissa, inspirado em "Festas de Babette" e "Festas de Nigela" foi criado para falar sobre família, amigos, comida, amor e como tudo isto se mistura harmonicamente há seculos.
Não há nada mais reconfortante do que chegar numa casa e sentir os aromas que vem da cozinha, o perfume de alhos e cebolas estalando no fogo, o cheiro de bolo recém assado, a fumaça saindo de panelas quentinhas que aquecem a alma, das conversas em volta da mesa, onde falamos sobre tudo e sobre o nada.
Fui criada numa família de bons garfos, excelentes cozinheiros e de gente que sempre se reúne às voltas com a comida.
Adoro receber. Adoro cozinhar. Adoro praparar uma mesa linda e partilhar deste momento mágico que é uma refeição entre queridos.
Festas de Mellisa vai trazer um pouco dos meus pensamentos, das minhas receitas, algumas dicas de cozinha (que audácia!) e de comidas e minhas histórias e viagens gastronômicas.
Sejam todos bem vindos!